Depois do sucesso dos soviéticos no teste de suas primeiras armas nucleares, a corrida nuclear havia oficialmente começado. No começo de 1950, o presidente Harry Truman anunciou que os EUA continuariam a pesquisar e a desenvolver todas as formas de armas atômicas.
Inicialmente, os cientistas americanos haviam considerado dois possíveis modelos de bomba atômica. Optaram, enfim, pela criação de uma bomba de fissão, na qual nêutrons disparados contra núcleos de átomos de urânio ou de plutônio deflagram uma imensa reação em cadeia. Um físico de Los Alamos, Edward Teller, sugeriu uma bomba de fusão termonuclear, ou bomba de hidrogênio. Uma bomba de fusão opera forçando a fusão do deutério e do trítio, dois isótopos do hidrogênio. A explosão resultante poderia ser teoricamente muito mais forte do que a de um dispositivo de fissão, e não havia muitos limites práticos para sua potência máxima. A fusão termonuclear que ocorre na bomba de hidrogênio pode ser representada da seguinte maneira: 2,1H + 3,1H = 4,2He + 1,0n.
Em 1° de novembro de 1952, os EUA detonaram a primeira bomba de hidrogênio da História, em um teste cujo nome-código era "Mike", no atol de Enewetak, nas ilhas Marshall. A explosão resultante teve poder equivalente a 10 milhões de toneladas de TNT, ou 700 vezes mais que a bomba de fissão detonada sobre Hiroshima. A nuvem formada pela explosão atingiu altitude de 40 quilômetros e se expandiu por 160 quilômetros, e a ilha na qual a explosão foi realizada simplesmente desapareceu, deixando apenas uma vasta cratera.
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