Desde os primórdios, o homem se interessa por meios de transporte. No começo, ele dependia de animais para se locomover, mas tornou-se necessário encontrar maneiras mais eficientes de se deslocar de um lugar para outro. Um elemento importante foi a roda, que viabilizou o uso de carroças e carruagens puxadas por cavalos. Posteriormente, houve muitas experiências com veículos impulsionados á vapor. Ferdinand Verbiest, Nicolas-Joseph Cugnot e Richard Trevithicksão exemplos de inventores que trabalharam nesses protótipos. Tais veículos sofreram várias modificações com o tempo, tais como, o freio de mão, a caixa de câmbio, e quanto ao nível da velocidade e direção.
No entanto, o século 19 trouxe inovações que revolucionaram o transporte de maneira antes inimaginável.
Na segunda metade do século 19, o alemão Nikolaus August Otto criou um motor de quatro tempos movido a gás, o qual por fim substituiu os motores elétricos e a vapor. Karl Benz e Gottlieb Daimler, da Alemanha, desempenharam um papel importante como pioneiros na fabricação de carros na Europa. Em 1885, Benz dirigiu um triciclo que tinha um motor de dois tempos com um cilindro e que chegava a 250 rotações por minuto. Daimler já estava trabalhando em motores fixos movidos a gás desde 1872. Depois de mais de uma década, ele desenvolveu junto com Wilhelm Maybach um motor de alta velocidade com combustão interna e carburador, o que possibilitou o uso da gasolina como combustível.
Não demorou muito até que Daimler e Maybach construíssem um motor que alcançava 900 rotações por minuto. Mais tarde, eles construíram um segundo motor, que foi instalado numa bicicleta e utilizado pela primeira vez em 10 de novembro de 1885. Em 1926, as empresas Daimler e Benz se fundiram e começaram a vender seus produtos sob o nome de Mercedes-Benz. O interessante é que esses dois homens nunca se conheceram.
Em 1890, dois franceses — Emile Levassor e René Panhard — criaram em sua oficina um veículo de quatro rodas que tinha o motor no meio do chassi. No ano seguinte, eles colocaram o motor na parte frontal do veículo, onde ficaria mais protegido do pó e da lama das estradas sem pavimentação.
Os primeiros automóveis eram muito caros, portanto além do poder aquisitivo da maioria das pessoas. Mas esse quadro mudou em 1908 quando Henry Ford começou a linha de montagem do modelo T, que ficou conhecido como forde-de-bigode. Esse carro revolucionou a indústria de automóvel. Era barato, versátil e de fácil manutenção. Mesmo pessoas com pouco poder aquisitivo podiam comprá-lo. Segundo o livro Great Cars of the 20th Century (Grandes Carros do Século 20), o forde-de-bigode “foi o que colocou a América — e por fim, o mundo inteiro — sobre quatro rodas”.
Hoje, quase um século mais tarde, muitos consideram o automóvel uma necessidade e não um luxo.
Réplica do Benz Patent Motorwagen, de 1885, de dois lugares, três rodas e velocidade máxima de 13 km/h, foi o primeiro automóvel a gasolina.
Ford T
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