Até os anos 50, a poliomielite representava uma praga terrível. As epidemias eram anuais e provocavam medo e pânico. Era inevitável que quem conseguisse exorcizar esses medos, se tornaria um herói internacional e seria reconhecido como o salvador das crianças. O americano Jonas Salk foi o primeiro a obter resultados. Ele desenvolveu uma vacina obtida com vírus mortos. Outro cientista, Albert Sabin, vinha de uma escola antagônica de pesquisa de vacinas. Como Louis Pasteur, acreditava que o caminho para produzir imunidade permanente passava pela criação de uma leve infecção, mediante o uso de um vírus vivo, mas de virulência extremamente atenuada. Salk, por sua vez, sabia que o sistema imunológico pode ser estimulado sem infecção, apenas com um vírus inativado ou morto.
A vacina injetável de Salk foi testada pela primeira vez em 1952, e dois anos depois, Salk e um colega iniciaram vacinação em massa na maior experiência médica realizada nos Estados Unidos. Foram, então, vacinadas mais de um milhão de crianças, entre 6 e 9 anos, parte com a vacina e parte com o placebo. O resultado foi excelente. A vacina de Albert Sabin, com vírus vivo atenuado e para administração por via oral, ficaria pronta em 1961. O vírus vivo daria uma imunidade superior e mais prolongada; entretanto as duas vacinas são, cada uma ao seu modo, eficazes.
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