Computação de Superfície (2008)

Com o emprego de novas tecnologias é possível reduzir o tempo gasto com o operacional diário buscando, assim, ganho de desempenho e aumento de produtividade. O profissional que atua na área de gerencia de projetos pode tirar proveito das novas tecnologias que surgem do aperfeiçoamento das já existentes. Não somente novos equipamentos, mas, também, novas ideias, pontos de vista, softwares e conceitos. Em meio a tecnologias que surgiram a partir de 2008, uma se destaca pela facilidade do uso proporcionando justamente redução de tempo de trabalho, aumento de produtividade e simplificação do modo de se interagir com micro computadores e dispositivos móveis. A Microsoft, líder mundial em programas para computador, lançou um novo equipamento, o Microsoft Surface. A análise desta nova ferramenta de trabalho demonstra que o seu emprego na era de gerência de projetos poderá proporcionar melhorias consideráveis, proporcionando aos profissionais da área maior produtividade, redução de tempo gasto com a operacionalização diária e maior foco no âmago de sua função real que é a gerencia de projetos e não tanto a operacionalização de uma série de ferramentas para se alcançar o resultado desejado em uma função.

O grande desafio daqueles que gerenciam projetos na área do desenvolvimento de software ou qualquer outra área corporativa é justamente o fato de agrupar as informações necessárias às tomadas de decisão, como dados relevantes, pesquisa de mercado, variação de índices, planilhas e gráficos atualizados. Nem sempre as pessoas envolvidas tem a habilidade necessária ao manuseio das ferramentas tecnológicas disponíveis ou tempo hábil de gerir todos os componentes de maneira satisfatória, demandando treinamentos constantes e disponibilizando de tempo apenas para o manuseio das informações, como atualização de planilhas e pesquisa de dados, preenchimento de relatórios, preparo de apresentações, envio de e-mails etc.

Em 2008 a empresa norte americana Microsoft, anunciou um novo produto, um computador em forma de mesa, o Microsoft Surface. Este aparelho nada mais é que um computador para computação de superfície, um novo conceito no qual os usuários de computador não precisam mais se utilizar de mouses ou teclados para interação com a máquina. Ao invés dos periféricos convencionais, utiliza-se a própria mão com toque e uso de gestos. Desta forma, a utilização de sistemas computacionais se torna algo natural, inerente ao uso comum de objetos do dia-a-dia.

O Microsoft Surface permite a utilização simultânea por mais de uma pessoa. Como a utilização é toda feita com as mãos, arrastando-se um objeto e outro, aumentando o tamanho de telas com movimento dos dedos, acesso direto a recursos com o toque, pode-se realizar um trabalho específico em questão de segundos, como por exemplo a atualização de dados de um gráfico e seu imediato envio por e-mail.

Um difusor transforma a superfície acrílica da mesa em uma grande tela horizontal “multitoque”, capaz de processar várias informações simultaneamente, oriundas de vários usuários. O Surface é capaz de reconhecer objetos pela sua forma ou por meio de etiquetas com código de barras especiais. Sua “visão” opera através de espectro de infravermelho, emitido por um LED que opera na faixa de onda de 850 nanômetros, voltando para a tela. Quando um objeto toca a superfície da mesa a luz é refletida e capturada por múltiplas câmeras infravermelhas com malha de resolução de 1280 por 960 pontos por polegada (pixels).

Um dos pontos chave para a computação de superfície é a tela de multitoque. A tecnologia de multitoque já está presente em dispositivos como o iPhone. Dispositivos multitoque aceitam entrada de dados por múltiplos toques e múltiplos usuários simultâneos, permitindo interatividade entre dispositivo e seus usuários através de gestos complexos como agarrar, esticar, rolar e deslizar objetos virtuais através da mesa. A superfície possui a vantagem de ser uma tela horizontal, o que permite que vários usuários possam se reunir e utilizá-lo juntos. Sua interface é exatamente o oposto de um computador pessoal apregoado cooperatividade, uso das mãos é feito para espaços públicos.