O primeiro material supercondutor foi descoberto por um cientista alemão em 1911, quando ele congelou o elemento mercúrio a criogênicos 4 K (-269,15º C). Desde então, as pesquisas têm mostrado que cerâmicas extremamente complexas são o tipo de material mais promissor para a criação de compostos que se mantenham supercondutores a temperaturas mais elevadas.
O recorde atual dos chamados supercondutores de "alta temperatura" pertence justamente a um material cerâmico: 138 K (-135,15º C). Entre os elementos puros, o recorde é do lítio, o mesmo material com que são construídas as baterias recarregáveis mais modernas. Quando mantido sob altíssima pressão, ele se mantém supercondutor a até 20 K (-253.15º C).
A grande dificuldade de se fabricar essas cerâmicas supercondutoras de temperaturas mais elevadas tem feito com que os cientistas se voltem para ligas mais simples - afinal, seria muito mais fácil fabricar-se um supercondutor de uma liga metálica simples do que as cerâmicas, que contêm em sua fórmula até dezenas de elementos.
Foi assim que apareceram as "ligas binárias" - ligas metálicas formadas por dois elementos. Este é o caso do diborato de magnésio (MgB2), uma liga simples - facilmente fabricável a partir de dois elementos abundantes, boro e magnésio - que impressionou os cientistas quando se mostrou supercondutora a 39 K (-234,15º C).
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