Milhões de brasileiros convivem com doenças do fígado, como a hepatite C e a cirrose. Nesse complexo órgão, ocorre a maior parte das reações metabólicas do organismo e a purificação do sangue. A falência hepática significa quase uma sentença de morte. É muito difícil encontrar doadores compatíveis para um transporte bem-sucedido. Graças à engenharia de tecidos e à ousadia de um cientista turco, esses pacientes começam a vislumbrar uma esperança de cura.
A ideia de produzir fígados artificiais foi inspirada pela fabricação de um coração pulsante sintético – a façanha da médica norte americana Doris Taylor, foi publicada dois anos atrás. “Não achávamos que fosse funcionar para o fígado. Ao contrário desse órgão, o coração tem uma matriz extracelular muito fina.” O que ela e seus colegas fizerem foi usar um detergente especial para lavar o fígado cujas células são inviáveis. O resultado da lavagem é uma carapuça descelularizada, dotada de microarquitetura e de vasos sanguíneos. “Usamos esses vasos para repovoar a matriz com células hepáticas”, afirmou ela. Em um estudo secundário, Korkut obteve um grande número de células de alta qualidade, a partir de fígados danificados. “Para nossa surpresa, depois de retirada das células, a matriz reteve o formato e o comportamento do fígado”, acrescenta.
Sequência de fígados que foram lavados para eliminar células danificadas e que depois foram reprovados por células boas. Um cientista lembra que milhares de pacientes morrem a cada ano, Em alguns casos, nem mesmo o transplante é solução de cura. Isso porque o fígado ficou bastante danificado, após não ter sido abastecido com oxigênio e lavagem da matriz e o repovoamento com células, manteve o fígado no laboratório, por alguns dias, para que elas possam se reconectar e restabelecer suas funções. |
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