DNA antigo pode ser descrito como qualquer tipo de DNA recuperado a partir de amostras biológicas que não foram preservadas especificamente para posterior análise do seu DNA. Como exemplos incluem-se a análise de DNA recuperado a partir de material arqueológico ou histórico, tecidos mumificados, coleções de arquivo de espécies médicas não congeladas, amostras de gelo e permafrost, plâncton do Holoceno em sedimentos marinhos ou em lagos. Ao contrário de outras análises genéticas com tecidos modernos, estudos de DNA antigo caracterizam-se pela baixa qualidade do DNA usado. Isto coloca limites no que estas análises que elas podem obter. Além disso, devido à degradação das moléculas de DNA, um processo correlacionado com fatores como tempo, temperatura e presença de água, existem limites para a idade máxima em que é possível recuperar DNA. Estimativas atuais sugerem que em ambientes otimizados, isto é, muito frios, existe um limite máximo de 1 milhão de anos. Por isso, estudos iniciais que relatavam descobertas de DNA muito mais antigo, por exemplo, de fósseis de dinossauros, foram desmentidos, pois os resultados derivavam de contaminação das amostras ou extratos, e não de DNA extraído autêntico.
Tecnologia revolucionária vai permitir a análise de DNA com 100 mil anos. Isso será possível porque um só instrumento deve conseguir tantas consequências de DNA como até agora só se conseguia com 55.
Atualmente é possível fazer a sequência do DNA mitocondrial completo de algumas espécies e está sendo estudado para recuperar inteiramente o DNA das espécies extintas, o que permitirá grandes avanços no conhecimento da evolução, segundo os pesquisadores. No caso dos humanos, ainda é muito difícil a análise de seu material genético antigo.
Outro problema acrescentado ao estudo do DNA antigo dos seres humanos tem a ver com “a contaminação” das amostras por outros humanos ao longo do tempo, dificulta a distinção entre DNA humano antigo e o moderno na hora de analisar o material genético. A nova tecnologia que começa a ser implantada com grande velocidade em diferentes laboratórios permite recuperar sequências muito curtas de DNA, o que é muito importante.
O material genético “se degrada” com a passagem do tempo porque é “uma molécula muito frágil”, mas a nova técnica permite recuperar sequências muito curtas, o que “oferece muitas possibilidades no campo do DNA antigo”. Como o DNA não é igual em todos os indivíduos é interessante estudar as povoações e “não só um indivíduo ou dois, algo que deve ser possível em um ano com o mamute”.
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