Em 1962 o cirurgião ortopedista John Charnley, trabalhando ao lado de engenheiros na Inglaterra, desenvolveu a moderna artroplastia total do quadril. Tal operação consistia em remover a cabeça do fêmur e substituí-la por uma bola metálica na ponta de uma haste, que encaixava dentro do fêmur, que tem um canal oco. A parte da bacia que se articula com o fêmur também era substituída por uma peça feita de um plástico especial. Essas duas partes eram presas a cada um dos ossos através de um cimento para uso em cirurgia, chamado metil metacrilato. Este cimento vem em forma de um pó e um líquido, que são misturados e em alguns minutos adquirem uma consistência pastosa. Essa pasta é então pressionada contra o osso e a prótese é pressionada contra o cimento. Em cerca de dez minutos o cimento adquire uma consistência pétrea.
Após a colocação da prótese, a bola de metal que substitui a cabeça do fêmur fica em contato com a cavidade plástica que cobre o acetábulo, permitindo os movimentos do quadril sem que haja contato de osso contra osso, o que traz alívio da dor. O plástico de que é feita a prótese acetabular‚ chamado polietileno de densidade ultra alta, apresenta um desgaste muito pequeno ao longo do tempo, em contato com a esfera perfeita da prótese femoral.
São feitas centenas de milhares de artroplastias totais de quadril por ano em todo o mundo. Quando bem realizadas, tais operações tem sucesso em seu resultado em torno de 90 a 95%.
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